Os respiradores ganharam popularidade recentemente devido à pandemia do novo coronavírus. O que muitos não entendem, todavia, é o motivo pelo qual a COVID-19 é causada pelo que os cientistas costumam chamar de “novo coronavírus”. Mas por que novo? Existiu algum antes dele?
Na verdade sim, existem vários. Os coronavírus são uma família viral conhecida há mais de 50 anos pela comunidade científica. Geralmente são responsáveis por causar doenças respiratórias semelhantes a um resfriado, inclusive a maior parte das pessoas é infectada com alguns vírus dessa família ao longo de sua vida. Porém, como nenhuma família é perfeita, alguns deles podem causar síndromes respiratórias mais graves, como a SARS, do inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome”, que foi relatada a primeira vez em 2002, na China. O vírus específico da família dos coronavírus que causava essa síndrome ficou conhecido como Sar-Cov.
A COVID-19, do inglês “COronaVIrus Disease”, é causada por um novo tipo de coronavírus, relatado a primeira vez em 2019, porém que também pode causar doenças respiratórias agudas. Sendo assim, ele foi denominado como Sars-Cov-2. Faz sentido agora?
E por que algumas pessoas tem que usar respiradores?
Quando o novo coronavírus infecta uma pessoa ele pode provocar um estado inflamatório no pulmão, causando a insuficiência respiratória. Dependendo da gravidade do quadro de sáude do paciente, talvez haja a necessidade do uso de uma máquina que chamamos de respirador mecânico. Pois aquela pessoa já não consegue absorver sozinha a quantidade necessária de oxigênio para manter suas funções vitais em funcionamento usual.
Como funcionam esses respiradores?
O respirador, ou ventilador pulmonar, é um equipamento para dar suporte respiratório aos pacientes. Sua função é soprar ar rico em oxigênio para dentro dos pulmões através de um tubo. Esse tubo possui duas extremidades: uma conectada à máquina e a outra conectada ao corpo do paciente, onde receberá a ventilação.
Existem basicamente dois tipos de ventilação mecânica e elas são usadas conforme a gravidade do estado de saúde do paciente.
O primeiro tipo é para casos menos graves, sendo uma forma não invasiva. O oxigênio é fornecido ao paciente através de cateter ou máscaras conectadas a máquinas. A função do equipamento é empurrar o ar para dentro do pulmão na inspiração e deixar com que o gás carbônico saia naturalmente na expiração.
Caso o primeiro tipo não seja suficiente para dar suporte ao paciente enquanto ele se recupera do vírus, recorre-se para o segundo: mais invasivo. O paciente é entubado, ou seja, são inseridos tubos pela boca ou nariz. Em casos mais críticos com prazos de internação maiores, os tubos também podem ser inseridos através de incisões na traqueia e laringe (região do pescoço). O outro lado do tubo é conectado a uma máquina responsável pelo fornecimento do ar rico em oxigênio. Em ambos os casos o paciente recebe sedação, para que o desconforto dos tubos não seja sentido. Porém no segundo caso a alimentação também é dificultada, por isso geralmente ela é feita de forma intravenosa.
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Mas temos respiradores suficientes?
Estudos estatísticos mostram que cerca de 5% dos pacientes internados necessitam de respiração assistida. Apesar de parecer um número baixo, dada a fácil disseminação do vírus da COVID-19, o número de infectados aumenta de forma exponencial a cada dia. Em meados de julho o Brasil alcançou a marca de 2 milhões de infectados e os números não param de crescer. Segundo o Ministério da Saúde o país possui 65 mil respiradores, quantidade que se torna insuficiente com o crescente número de casos.
Para contornar esse fato surgiram algumas soluções nacionais improvisadas. Um bom exemplo é a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) que fez a manutenção de 3 respiradores mecânicos nos laboratórios de engenharia mecânica e elétrica da faculdade. Essas máquinas foram emprestadas à Santa Casa para uso durante a pandemia.
Outra solução interessante foi trazida pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Eles desenvolveram um ventilador pulmonar de baixo custo, podendo ser montado em 2 horas e que não exige peças importadas. O protótipo pode ajudar bastante no combate à pandemia.
Além das iniciativas citadas acima ainda existem muitas outras surgindo a cada dia durante a luta contra a pandemia. Em tempos de dificuldades a colaboração mútua é extremamente necessária. A autora Miriam Subirana escreve sabiamente em seu livro “Criatividade para Mudar sua Vida” a seguinte frase: “A crise nos oferece a oportunidade de mudar conscientemente”. Interpretando a crise como a pandemia, podemos entender a nossa mudança obrigatória de hábitos como algo necessário, tendo a consciência de que é passageira.
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Conclusão
A EESC jr trabalha no desenvolvimento de máquinas, desde respiradores, passando por vending machines e indo até grandes máquinas industriais, e está disposta a trabalhar para conter a pandemia. Está interessado em desenvolver um respirador mecânico ou qualquer outro equipamento mecânico? Entre em contato para que nossa equipe desenvolva uma solução personalizada e de sucesso para você!
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Texto escrito por Vivian Coutinho, coordenadora do núcleo de Engenharias Mecânica e Mecatrônica da EESC jr. – Empresa Júnior de Arquitetura e Engenharia da USP São Carlos.
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