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Viabilidade econômica de captação de água da chuva
25 de fevereiro de 2019
Viabilidade econômica de captação de água da chuva

Viabilidade econômica de captação de água da chuva

É de comum senso que o Planeta Terra é conhecido como o “Planeta Água”. E é fácil perceber isso quando se analisa fotos do globo terrestre vendo a proporção de água e porções de terra. Entretanto, é importante ressaltar que apenas cerca de 3% de toda essa parcela de água pode ser considerada potável. Além disso, mais importante ainda, apenas 1% dela está disponível na forma de rios ou lagos.  Mas qual é a importância dessas porcentagens?

No dia a dia das pessoas, principalmente no Brasil, utiliza-se desta água potável para afazeres domésticos. Por exemplo, lavar uma calçada ou um carro. Mas qual o problema disso? A princípio, pode não parecer algo tão grave. Entretanto, é importante frisar recentes acontecimentos, como a crise hídrica que afetou o estado de São Paulo em 2014-2016. Ou então, a falta de água potável em diversas regiões e países. E por que não há a criação de métodos sustentáveis para reduzir o uso de água potável e melhorar esse problema?

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Início da invenção das tecnologias de reuso d’água

O modelo de captação de água da chuva já é utilizado em diversos países do mundo. Nesse contexto, existem países que realmente precisam desse método para sobreviver. Isso é consequência de não possuírem acessos fáceis à água. Além desses, outros utilizam essa tecnologia como uma maneira de preservar seus mananciais.  

A região nordeste brasileira, por exemplo, necessita de métodos como a captação de água de chuva para sobreviver à seca que atinge algumas de suas regiões. Em Pernambuco existem programas para criação de cisternas rurais. Há também uma iniciativa na cidade de Noronha para reutilização dessa água. Percebe-se a importância desses métodos para promover maneiras sustentáveis e eficazes de ajudar a sociedade. Além de, claro, ajudar o meio ambiente.

Diferença entre captação e reuso de água

Apesar de serem usadas muitas vezes como algo similar, existe uma diferença entre a águas de reuso e a metodologia de captação de água da chuva. Primeiramente, é importante explicar a diferença entre as águas de reuso.

Águas residuárias

É o tipo de água descartada resultante de vários processos. Tal tipo também pode ser chamado de águas residuais. Segundo o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), essas águas podem ser classificadas como: “esgoto, água descartada, efluentes líquidos de edificações, indústrias, agroindústrias e agropecuária, tratados ou não”.

Águas de reuso

Segundo um artigo do CNRH, pode ser considerada uma água de reuso determinada água residuária que se encaixa nos padrões pré-estabelecidos das modalidades pretendidas. Isto é, essa classificação depende do reaproveitamento de uma certa água já utilizada em alguma atividade de desenvolvimento humano.

Água da chuva

O senso comum acredita que água de chuva é basicamente uma água de esgoto. Tal pensamento é comum por passar por pisos, telhados e ir diretamente para as galerias. Entretanto, se for realizado projetos de captação de água da chuva em locais estratégicos, antes de passar por esses pontos, essa água pode ser reaproveitada para fins não potáveis.

Benefícios e vantagens

  • A captação de água da chuva é uma atitude responsável, pois te permite aproveitar essa água. Isso ao invés de utilizar água potável para atividades corriqueiras, além de diminuir sua pegada hídrica;
  • Há a possibilidade de ser instalada em qualquer ambiente, rural ou urbano, casa ou apartamento;
  • Pode representar uma economia de até 50% na conta de água;
  • Existe uma gama de possibilidade de acordo com as necessidades, há modelos de mini cisterna e cisternas em diversos tamanhos, de 80 litros, mil litros e até mesmo 16 mil litros;
  • Ajuda em tempos de crise hídrica, vale até ressaltar as iniciativas já realizadas nas regiões nordeste por exemplo;
  • Com a utilização desse método pode-se criar uma nova cultura de sustentabilidade ecológica nas construções, utilizando essa metodologia em todas as futuras construções.

Possíveis desvantagens

  • É necessária responsabilidade: usualmente são utilizadas calhas para a captação. Dessa forma, estas devem ser limpas periodicamente, para evitar contaminação através de fezes de animais ou algo do tipo;
  • O interior da cisterna deve ser limpo com periodicidade;
  • Caso for utilizada uma cisterna de plástico deve se ter o cuidado com possíveis rachaduras ou deformações, portanto o uso de um filtro anti-UV 8 ou a construção de algo de alvenaria;
  • Existe a possibilidade da instalação ser ligada ao encanamento da casa, dessa forma será necessário um profissional para rearranjar os encanamentos (é importante frisar que a água da chuva não pode ser utilizada para consumo, pois não é potável), mas esse investimento pode ser devolvido em cerca do primeiro ano, senão nos primeiros meses;
  • Caso a cisterna seja enterrada ou subterrânea, provavelmente seu custo de instalação será maior.

Relação Econômica

Pode-se observar em alguns dos tópicos anteriores que fora muito levantada a questão do custo. Como em todo projeto, existe um custo de implementação e projetos. Porém, segundo estudos, tudo isso pode ser recuperado na maioria das vezes no primeiro ano ou até mesmo nos primeiros meses.

Vale destacar a importância deste método tanto para preservação dos cursos d’águas, ou seja, não desperdiçar água potável para atividades corriqueiras do cotidiano, ajudando o meio ambiente. Além da economia nas contas de água, pois você está utilizando uma água captada. Salienta-se aqui uma importante competitividade no mercado muito observada atualmente: a preocupação ambiental por parte das empresas. A implementação de tecnologias sustentáveis pode ajudar na parte econômica e também na imagem social da empresa. Entretanto, isso não se destina somente a empresas. É válido lembrar que muitas pessoas físicas já adotam essa tecnologia em suas casas.

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Além dessas metodologias e EESCjr. se compromete por buscar soluções inovadoras, promovendo a interdisciplinaridade com outras áreas de atuação. Dessa forma, nos empenhamos em sempre trazer um forte comprometimento ambiental e sustentável, oferecendo aos nossos clientes soluções personalizadas e que superem o básico na área do desenvolvimento sustentável.

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Texto Escrito por Lucas Cavalcante, Consultor do Núcleo de Engenharia Ambiental da EESC jr. – Empresa Júnior de Arquitetura e Engenharia da USP São Carlos

Caroline Kanehira

2 Comentários

  1. Millena Roberty

    Ótimo artigo! Muito bem escrito, esclareceu muita coisa. Sou grata pelo conteúdo!

    Responder

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