A Pegada de Carbono consiste em um indicador relacionado ao meio ambiente que visa medir as emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa (GEEs) associados a atividades humanas, incluindo o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), os perfluorados (PFCs), os hidrofluorcarbonetos (HFCs) e o hexafluoreto de enxofre (SF6).
Os GEEs hoje são grandes vilões que geram o aumento da temperatura média do planeta e a degradação da qualidade do ar. Os principais esforços para combater as mudanças climáticas convergem em um ponto: reduzir as emissões desses gases. Exemplificando a importância e urgência da temática, para evitar que o aumento da temperatura média global chegue a 2ºC até o final deste século, o que geraria efeitos catastróficos sobre ecossistemas e sobre a humanidade, a pegada de carbono média anual por pessoa precisa ficar abaixo de 2 toneladas até 2050. Nos Estados Unidos, a média é de 16 toneladas, uma das mais altas no mundo.
Hábitos simples interferem na quantidade de GEEs relacionados ao estilo de vida: uma alimentação com menos carne, viajar menos de avião e optar por meios de transporte que não sejam movidos por combustíveis fósseis são alguns dos pontos que ajudam a reduzir a pegada. Conhecer sobre a pegada de carbono é fundamental para que pessoas e empresas possam adotar medidas necessárias com o objetivo de reduzi-la ao máximo.
Cálculo: Inventário de Carbono
O inventário de carbono é uma forma de quantificar as emissões de GEEs por uma empresa. O inventário é essencial para uma empresa ter noção da quantidade de gases que ela emite de acordo com a atividade realizada, além de ter mais facilmente uma base de dados para elaborar plano de ação para reduzir e compensar as emissões de GEE, além de reduzir custos.
A pegada de carbono é contabilizada por três diferentes escopos:
- Emissões diretas: Queima de combustíveis, processos químicos e físicos, processos de fabricação de produtos, transporte de veículos pertencentes a empresa, emissões fugitivas e emissões agrícolas.
- Emissões indiretas: Geração de energia (térmica e elétrica) que é consumida pela organização.
- Outras emissões indiretas: Resultam da atividade de uma corporação, mas não são controladas por ela, como processos terceirizados. Alguns exemplos são: tratamento de resíduos sólidos e de efluentes líquidos (se esse tipo de serviço for terceirizado), transporte de bens e serviços adquiridos (upstream) e vendidos (downstream), deslocamento de funcionários e viagens.
Evidentemente, cada empresa tem um tipo de funcionamento específico e, portanto, é preciso dar atenção para tais processos para a elaboração de um bom inventário.
Neutralização
A neutralização ou sequestro de carbono é uma das alternativas criadas para mitigar os impactos causados ao meio ambiente pelo excesso de emissão de GEE, ocasionado pelas atividades humanas e processos de fabricação, transmissão ou consumo de energia pelo mundo corporativo. Nesse caso, as organizações geralmente têm a opção de diminuir ou compensar sua pegada de carbono. Veja as possíveis formas:
- Investindo na melhoria de sua eficiência energética, através do consumo de energia de origem renovável e sustentável;
- Investindo em projetos relacionados ao meio ambiente e fazendo campanhas de conscientização e promoção ambiental, como ações de reflorestamento;
- Através do pagamento de impostos verdes, créditos de carbono, entre outras ações.
Selo verde de carbono
Algumas certificações foram criadas com o objetivo de colaborar com empresas interessadas em reduzir sua pegada de carbono e melhorar sua imagem no mercado. Um exemplo é a Neutralização de Carbono do IBDN, que definiu em 2008 que processos de neutralização de carbono seriam feitos através do plantio de árvores nativas em área degradadas, preferencialmente públicas, recuperando e protegendo nascentes, reservas, parques e represas, entre outras.
As informações relacionadas à queima de combustível fóssil, consumo de energia, produção de resíduos, entre outros, são lançadas em um software que converte em TCO2e (tonelada de carbono equivalente). Num segundo momento, transforma TCO2e no número de árvores que devem ser plantadas e que levarão em média de 20 a 40 anos para retirar da atmosfera essa emissão. Para cada projeto, o modo de aferir obedece a um padrão. No caso de empresas, a análise deve ser feita levando em consideração um ano de atividade.
Os olhos do mundo estão voltados para as questões climáticas. Reduzir as emissões de carbono é uma das estratégias mais usadas pelas empresas de todos os segmentos, como forma de dar uma resposta a esta demanda e mostrar seu posicionamento. No Brasil estas ações ainda são voluntárias, mas podem se tornar uma obrigatoriedade em alguns segmentos.
Quais os benefícios?
A organização que já tem em sua cultura o hábito de elaborar um inventário de GEE de forma profissional, conquista vários benefícios, como reconhecimento no mercado atual e dos stakeholders, gerando mais valor à marca e demonstrando compromisso com a sociedade e com o meio ambiente. Entender a pegada de carbono de sua empresa ajuda a identificar oportunidades significativas de reduzir a emissão de gases e os custos, bem como aumentar a eficiência operacional, as vendas e a credibilidade.
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Texto escrito por Julia Paschoal Lopreto, consultora do Núcleo de Engenharia Ambiental da EESC jr. – Empresa Júnior de Engenharia e Arquitetura da USP de São Carlos.
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