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7 startups que revolucionaram o mercado
23 de junho de 2024
7 startups que revolucionaram o mercado

As startups tem origem nos Estados Unidos, entre o século XVIII e XIX, com o rótulo de empresas novas e inovadoras. Ao longo do tempo, presenciando diferentes cenários econômicos – instabilidades financeiras e altas taxas de especulações, como o período da Bolha da Internet -, essas empresas conseguiram se reinventar, conquistar espaço no mercado e promover uma grande revolução nas esferas social e industrial. Nesse sentido, é de extrema importância que os empreendedores atuais entendam a organização dessas corporações e os impactos que elas causam na sociedade. 

Conteúdo do Artigo

    O que são startups? 

    Startups são empresas revolucionárias baseadas em modelos de negócios que geram valor à sociedade por meio de ideias inovadoras e escaláveis – isto é, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente. Instaladas, geralmente, em ecossistemas empreendedores, sua função é, primordial e essencialmente, resolver problemas emergentes que atingem diretamente a sociedade ou setores industriais. 

    Além de especificidades no modelo de negócio, as startups apresentam características únicas quanto à rotina de trabalho e organização interna. Diferentemente das empresas tradicionais, elas buscam atingir uma cultura empreendedora e aberta a explorar novos horizontes, com o objetivo de aproveitar as oportunidades vigentes no mercado.

    Devido a isso, os grupos que as gerenciam são reduzidos, flexíveis e menos hierárquicos – ou seja, as responsabilidades de cada membro não são fixas, mas, sim, atendem à demanda do momento -, e têm a função de promover um ambiente propício ao aprendizado para todo o corpo da empresa. O esquema abaixo facilita o entendimento dessas características. 

    Um ponto a se destacar, também, é o contraste entre alto potencial e alto risco vivenciado por essas empresas revolucionárias. Na medida em que elas se propõem a desenvolver coisas novas, elas passam a tangenciar dois cenários distintos: a possibilidade de obter sucesso e desbravar uma nova vertente no mercado, sendo referência no ramo, e a chance de falhar por falta de experiência e pouca informação quanto ao modo de explorar o campo em que desejam atuar. Nesse sentido, vale destacar a dificuldade de manutenção do negócio e a necessidade de reverenciar e estudar algumas empresas que se consolidaram plenamente no mercado. É sempre interessante para empreendedores compreender práticas de empresas que conquistaram o sucesso, sendo possível replicá-las nas suas corporações. 

    Vamos, então, analisar alguns modelos de startups e conhecer algumas empresas destaques, muitas consideradas unicórnios. Vale ressaltar que existem 6 tipos de startups: Scalable startups, Large company startups, Small business startups, Buyable startups, Lifestyle startups, Social startups. No entanto, vamos nos restringir apenas aos dois primeiros modelos, os quais estão diretamente relacionados à revolução e alto impacto na sociedade. Caso haja interesse, o leitor pode clicar no link para compreender as demais estruturas e funcionamentos. 

    Scalable startups 

    Na tradução literal, Scalable startups são empresas escaláveis. São empresas cujo(s) produto(s) apresenta(m) fácil replicabilidade, que têm o objetivo de atingir patamares elevados e retornos milionários e, para isso, dependem de investimentos externos – isto é, vivem de capital de risco. Por isso, suas atividades no mercado visam, principalmente, a sedução de potenciais investidores. O crescimento desse modelo, que concentra o maior número de empresas conhecidas pela população, geralmente é muito rápido. Vamos conhecer algumas Scalabe startups

    Uber 

    Responsável pela revolução do mercado de transportes, a Uber impactou diretamente na vida das pessoas, facilitando o deslocamento e permitindo uma alternativa diferente do transporte público. Criada pelos empreendedores Travis Kalanick e Garrett Camp, em São Francisco (EUA), a empresa rapidamente atraiu diversos investidores. O primeiro grande aporte financeiro veio em 2010, no valor de $1.25 milhões de dólares, permitindo uma expansão territorial gigante. 

    Após algumas inovações, a Uber ampliou sua rede para entrega de alimentos (Uber Eats) e produtos/objetos (Uber Freight). A vertente com mais destaque ainda é a de transporte de passageiros, porém os demais negócios vêm crescendo. Consolidada no mercado, a Uber lucra com as viagens (mais de um quarto do valor é destinado à empresa), aluguel de carros e, claro, propagandas. Observemos a variação da receita ao longo dos anos de 2020 a 2023.

    AirBnb

    Idealizado por Brian Chesky e Joe Gebbia e impulsionado por Nathan Blecharczyk, a empresa AirBed & Breakfast nasceu em 2007 como um site que permitia hospedagem de curta duração para aqueles que não conseguiam reservar hotel. Contando com suporte de outra statup, Y Combinator, e com investimento inicial de US$20 mil, a companhia conseguiu se expandir e mostrar resultados, chamando a atenção de outros investidores. 

    Em 2009, o nome foi trocado para Airbnb. Desde então, a empresa apresentou crescimento extraordinário, alcançando o título de unicórnio. Muitos turistas tiveram dores sanadas, na medida que o programa permite alugar apartamentos ou casas por valores mais baratos e de modo mais prático. Para comprovar a potencialização da empresa nos últimos anos, observe o gráfico de valor bruto de reservas. 

    iFood 

    Com o objetivo de facilitar a conexão entre restaurantes locais e consumidores, os brasileiros Felipe Fioravante, Eduardo Baer, Guilherme Bonifácio e Jason Wang propuseram a criação de um aplicativo chamado iFood. Focados em permitir uma boa experiência para os usuários e chamar a atenção de investidores, a empresa conseguiu crescer a ponto de conquistar parcerias com diversos restaurantes de renome. 

    A maneira intuitiva de utilização e um design agradável conseguiram potencializar o sucesso da empresa e aumentar as taxas de fidelidade dos clientes. Caso donos de empresas e empreendedores queiram explorar o setor de desenvolvimento de aplicativos, seria interessante conhecer o site da EESC jr. 

    Hoje, o iFood é referência de delivery na América Latina e alcança números extraordinários. Em 2022, segundo a FIpe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a empresa foi responsável pela movimentação de 0,53% do PIB brasileiro. Observe a imagem abaixo para entender a dimensão do impacto revolucionário da startup. 

    Nubank 

    Com o intuito de facilitar transações e o controle financeiro por meio de um aplicativo, David Vélez, Vagner S.Teves Jr, Edward Wible e Cristina Junqueira criaram,em 2013, a fintech Nubank, empresa brasileira que conquistou espaço em um mercado nacional com vários bancos já consolidados. 

    Desde então, a startup vem expandindo. Em 2020, por exemplo, a empresa comprou a corretora Easynvest e deu o nome de NuInvest. A expansão foi tão grande que a Nubank alcançou o título de “decacórnio” – termo utilizado para descrever empresas avialiadas em mais de US$ 10 bilhões.

    Descomplica 

    A edtech Descomplica, startup de educação, foi fundada em 2011 pelo professor de física Marco Fisbhen, que costumava dar aulas em cursos para vestibular. Com o desejo de explorar ambientes fora da classe de aula e permitir que pessoas que não tinham a possibilidade de pagar caro por um cursinho tivessem acesso à educação, ele começou a gravar vídeos em seu apartamento e disponibilizá-los em plataformas online. 

    Ao longo dos anos, acabou conquistando visibilidade e seduzindo investidores. Durante a pandemia, devido ao isolamento social, a startup sofreu uma potencialização enorme, tanto que, em 2020, a empresa investiu R$ 55 milhões para lançar cursos de graduação. Ainda hoje, as expectativas são muito boas para o futuro, e é planejado um aumento do número de alunos. Recentemente, a Descomplica foi alvo do maior aporte financeiro investido em uma edtech. 

    Quinto Andar 

    Buscando reformular os métodos de compra, locação e venda de imóveis, a Quinto Andar, liderada por Gabriel Braga e André Penha, surgiu em 2013 como uma proptech, startup que faz o uso da tecnologia para sanar dificuldades do mercado imobiliário. A ideia base da plataforma online é reduzir a burocracia e facilitar a digitalização de documentos essenciais para os processos imobiliários, como fotos dos imóveis, contratos e assinaturas. 

    Para alavancar a empresa, os gestores se apoiaram em alguns pilares, como: proporcionar uma boa experiência ao usuário da plataforma (como o iFood, visto anteriormente), aplicar análise de dados para buscar padrões nas atitudes desses usuários e, também, auxiliar em movimentações no mercado, estar próximo dos clientes e ouvir suas reclamações e sugestões e firmar parcerias com outros players do ramo. 

    Seguindo essa cultura, a Quinto Andar vem batendo marcas expressivas. Em 2023, por exemplo, a empresa foi avaliada em mais de US$ 5 bilhões.

    Large company startups 

    Diferentemente das Scalable startups, as Large company startups não necessitam de investimentos externos, pois são autossuficientes. Isto porque elas nascem de grandes empresas que buscam adaptação ao mercado e inovação constante. A dinamicidade do setor industrial demanda flexibilidade e, caso contrário, cai-se no esquecimento. Portanto, a adesão ao modelo de startup é uma ferramenta poderosa para manutenção da companhia no jogo e que vem sendo utilizada por grandes instituições. Um bom exemplo é a Apple. 

    Apple 

    Conhecida mundialmente e referẽncia no setor de tecnologia, a Apple é uma empresa revolucionária que foi criada em 1976 por Steve Wozniak, Steve Jobs e Ronald Wayn. O produto principal era o computador, que fez sucesso logo em seu início. Até o ano de 2007, a empresa conseguiu se consolidar mundialmente, porém, nesse mesmo ano, foi quando ocorreu a mudança de chave: o lançamento do smartphone. Eis um grande exemplo de ideia disruptiva, captação de oportunidades e adaptação. 

    A empresa segue inovando e gerando valor na sociedade. Tablets, fones de ouvido e dispositivos como o Apple Vision criam tendências e comandam movimentos do mercado. 

    É possível perceber que, mesmo após 10 anos do lançamento, o iPhone ainda representava 70% da receita total da empresa. Isso prova como o produto revolucionou o mercado e a sociedade e, claro, gerou valor aos consumidores. Fica evidente, também, o compromisso da empresa em continuar inovando e desenvolvendo novas tecnologias. 

    Conclusão 

    Há diferentes características para cada modelo de startup. Caso o leitor desse artigo tenha explorado os links dispostos ao longo do texto, ele se deparou com uma vasta gama de características e definições. No entanto, entre todas essas configurações, sempre há uma característica em comum: a inovação. A proposta de criar algo revolucionário move essas empresas, também revolucionárias, e as impulsionam cada vez mais.

    Como vimos anteriormente, o risco e o potencial são grandezas que podem ser proporcionais – claro, sempre em situações de alto risco, é dever do gestor trabalhar com prudência. Um estudo das startups e o entendimento de como elas se organizam podem gerar bons frutos para empreendedores e donos de negócios. A aplicação das qualidades observadas em empresas como iFood, Apple, Nubank e todas as demais citadas – de modo compatível a cada diferente cenário – pode gerar impactos positivos em diversas instituições.

    EESC jr.

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