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3 Tendências tecnológicas para 2024
26 de junho de 2024
3 Tendências tecnológicas para 2024

Cenário Tecnológio

À medida que nos aproximamos de 2024, o cenário tecnológico continua a evoluir a um ritmo impressionante, impulsionado por inovações que prometem transformar tanto nossas vidas pessoais quanto nossos ambientes de trabalho. Um dos pilares dessa transformação é a Inteligência Artificial (IA), que está se tornando cada vez mais sofisticada e integrada em uma variedade de aplicações, desde assistentes virtuais pessoais até soluções complexas de análise de dados em empresas. 

Um dos avanços mais notáveis é o desenvolvimento e a aplicação de Modelos de Linguagem de Grande Porte (LLMs), como o GPT da OpenAI, que estão redefinindo as interações entre humanos e computadores. A capacidade desses modelos de entender e gerar linguagem humana com precisão está abrindo novas frentes para automação e serviços personalizados. 

Além disso, a realidade aumentada e a realidade virtual estão ganhando espaço como ferramentas cruciais não só no entretenimento, mas também em aplicações industriais e educacionais. A chamada ‘metaverso industrial’ promete revolucionar a maneira como as empresas realizam treinamentos, simulações e operações remotas, trazendo uma maior integração entre o mundo digital e o físico. 

Outra tendência que está ganhando força é a computação espacial, que permite a interação com dados digitais através de um ambiente tridimensional, transformando a maneira como visualizamos e interagimos com informações complexas. Isso está sendo cada vez mais explorado em campos como design, engenharia e medicina.

Por fim, à medida que mais dispositivos se tornam capazes de realizar processamentos complexos, a descentralização da computação está se tornando uma realidade. Isso significa um movimento em direção a uma maior autonomia dos dispositivos edge, que podem processar dados localmente sem depender constantemente de conexões com a nuvem. 

Essas tendências não apenas destacam o avanço tecnológico em si, mas também refletem uma mudança mais ampla na sociedade e na economia, onde a tecnologia se torna cada vez mais entrelaçada com todos os aspectos de nossas vidas. 

1. Modelos de Linguagem de Grande Porte 

A evolução da tecnologia de Modelos de Linguagem de Grande Porte (LLMs) indica uma mudança significativa na maneira como as informações são processadas, apontando para uma descentralização progressiva. Atualmente, a maioria das inferências feitas por LLMs ocorre na nuvem ou em servidores poderosos, um método eficaz, mas que consome muita energia. Com a iniciativa de PCs habilitados para IA da Intel e seus parceiros, prevê-se um aumento no processamento local de IA, reduzindo a dependência de servidores centrais. 

Os LLMs, embora poderosos, em breve encontrarão limitações devido à falta de acesso a dados novos e únicos, um problema não enfrentado por gigantes como Google e Meta. Estas empresas têm vantagem, pois podem utilizar extensos bancos de dados de suas plataformas para treinar seus modelos, permitindo-lhes responder melhor a consultas gerais de informações. Por exemplo, o Bard da Google supera o GPT-4 da OpenAI em consultas sobre dados recentes, enquanto o GPT-4 é superior em dados até sua última atualização em setembro de 2021.

Para tarefas de propósito geral como codificação ou escrita, os LLMs generalistas tendem a superar os especializados, e é improvável que surjam muitos novos modelos específicos para tarefas singulares. Finalmente, no que diz respeito à aplicação empresarial, espera-se que a maioria das empresas continue a utilizar APIs de LLMs de última geração para tarefas incorporadas em produtos ou serviços, como resumir comunicações ou reuniões, enquanto tarefas mais especializadas podem necessitar de modelos ajustados ou personalizados. 

2. Realidade Virtual 

O metaverso, conceito que funde realidade e virtualidade, tornou-se um ponto focal para investidores e grandes empresas, destacando-se pela transição do Facebook para “Meta”. Este universo digital promete revolucionar a interação humana, permitindo que as pessoas trabalhem, socializem e vivam experiências por meio de avatares 3D em um ambiente virtual imersivo. 

Originário da ficção científica, o termo “metaverso” foi cunhado em 1992 por Neal Stephenson e popularizado por obras como “Ready Player One” de Ernest Cline. Enquanto conceitos anteriores como o jogo Second Life buscaram materializar o metaverso sem sucesso total, novos jogos como Roblox e Fortnite começaram a integrar aspectos desse universo, proporcionando experiências mais ricas e interativas. 

O metaverso é visto tanto como a próxima etapa da internet quanto um potencial risco para a privacidade e uma fonte de dependência digital. Sua concretização plena ainda depende do desenvolvimento e da integração de tecnologias avançadas como 5G, realidade virtual (VR), realidade aumentada (AR), e blockchain.

O recente rebranding do Facebook para Meta reflete uma estratégia para liderar esse novo espaço, destacando a visão de um mundo virtual onde quase todas as atividades humanas podem ser replicadas e ampliadas. Empresas como Nvidia, Microsoft e Nike já estão investindo no desenvolvimento de suas próprias versões de metaversos, utilizando plataformas que permitem colaborações virtuais e experiências imersivas. 

A relação do metaverso com as criptomoedas é intrínseca, com a economia virtual do metaverso sendo facilitada por moedas digitais, NFTs e a tecnologia blockchain, permitindo transações seguras e a propriedade de ativos virtuais. Essa nova fronteira digital promete um mercado vasto e dinâmico, potencialmente transformando a forma como interagimos com a tecnologia e uns com os outros no espaço digital. 

3. Computação Espacial 

Em dezembro de 2023, a Intel lançou sua nova família de processadores, Intel® Core™ Ultra, introduzindo a inovadora arquitetura Meteor Lake com Unidades de Processamento Neural (NPUs). Esta tecnologia representa uma grande evolução nos PCs, possibilitando o processamento de tarefas de Inteligência Artificial (IA) diretamente nos dispositivos locais, sem necessidade de conexão com a nuvem. A novidade marca o início dos AI PCs, que combinam CPU, GPU e NPU para uma experiência computacional mais pessoal e imersiva. 

Ricardo Ferraz, Diretor de Produtos e Líder da Área de PCs da Intel Brasil, destacou que esta inovação transformará radicalmente o uso de computadores, tornando-os mais focados na experiência do usuário. Ele explicou que a IA local não é apenas uma ferramenta poderosa para aumentar a produtividade e automatizar tarefas mundanas, mas também promove uma maior segurança dos dados, pois as informações processadas pelos AI PCs permanecem exclusivamente no dispositivo do usuário. 

A utilização de IA em máquinas locais é especialmente benéfica para pequenas empresas e criadores de conteúdo, que podem gerar e gerir dados sensíveis sem o risco de vazamentos associados à nuvem. Além disso, o AI PC é um exemplo da sinergia entre hardware e software, com a Intel colaborando com mais de 100 desenvolvedores para adaptar aplicações à nova era da IA. 

Projetos futuros incluem a integração de assistentes virtuais, como o Copilot da Microsoft, em plataformas como Windows e MS Teams. Até 2028, espera-se que 80% dos PCs vendidos já sejam equipados com IA, com os primeiros modelos AI PCs chegando ao Brasil já no início de 2024, prometendo uma revolução tanto em termos de capacidade de processamento quanto de experiência do usuário. 

De forma geral…

À medida que avançamos para 2024 e além, as inovações tecnológicas continuam a remodelar profundamente nossas interações cotidianas e estruturas de trabalho. A integração crescente da Inteligência Artificial em dispositivos pessoais e profissionais está definindo uma nova era na computação, onde as capacidades de processamento local e a autonomia dos dispositivos são priorizadas. Os avanços nos Modelos de Linguagem de Grande Porte, realidade virtual e aumentada, e especialmente a introdução dos AI PCs com a nova arquitetura da Intel, estão convergindo para criar um ambiente digital mais seguro, personalizado e imersivo. 

Este cenário emergente não só aumenta a produtividade e a eficiência, mas também preserva a privacidade e a segurança dos dados em nível local, mitigando os riscos associados à dependência de serviços de nuvem. Além disso, a promessa do metaverso e a computação espacial indicam que estamos à beira de uma transformação substancial na forma como vivemos, trabalhamos e interagimos. 

Portanto, enquanto navegamos por essas mudanças, torna-se imperativo que as inovações continuem sendo desenvolvidas de maneira que respeitem a privacidade do usuário e promovam uma integração tecnológica que beneficie a sociedade em geral, não apenas economicamente, mas também em qualidade de vida. Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades, e é crucial que as empresas e desenvolvedores liderem com ética à medida que moldamos o futuro da interação humano-computador.

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EESC jr.

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