Como saber se o PGRS da minha empresa é efetivo? Esse é um dos grandes questionamentos que surgem nas mais diversas empresas. Nesse artigos vamos abordar alguns pontos para saber se o seu PGRS é ou não é efeito.
Indicativos de que meu PGRS está sendo ou não efetivo
Um PGRS efetivo deve estar de acordo com as leis vigentes e possuir um processo efetivo, garantindo um bom gerenciamento e destinação correta de resíduos.
De acordo com a legislação
Estar sempre atualizado sobre as legislações, para garantir que seu Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos esteja em conformidade com o que é requisitado.
Boa dinâmica
Um bom PGRS garante uma boa dinâmica dos processos de gerenciamento dos resíduos sólidos dentro da empresa.
Proatividade e empenho dos trabalhadores
Um bom Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos busca sempre a melhor e mais fácil alternativa de gerenciamento dos resíduos dentro do empreendimento. Como já mencionado, é importante que se tenha uma educação ambiental instaurada na empresa e que sejam realizados treinamentos com os trabalhadores para que o sistema funcione. Portanto, a falta de empenho dos trabalhadores na separação e realização das medidas dos planos pode indicar um sistema que precisa ser melhorado ou a necessidade de melhores instruções, conscientização e até mesmo responsabilização dos funcionários.
Inconformidades e descarte inadequado
Caso comece a surgir resíduos descartados erroneamente com frequência, deve ser revisto a efetividade, praticidade e lógica de seu PGRS, procurando falhas e complicações que atrapalham o sistema.
Acidentes e doenças
Umas das funções importantes de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos é evitar a proliferação de doenças e acidentes relacionados ao descarte, acondicionamento, armazenamento e transporte dos resíduos e rejeitos. Portanto, a ocorrência de tais acontecimentos é forte indicativo de que seu PGRS deve ser revisado e alterado para evitar novos problemas.
Monitoramento e atualização
Os empreendimentos devem disponibilizar todo ano seu Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) ao órgão municipal competente, assim como para o órgão licenciador do SISNAMA e às outras autoridades competentes. Assim, torna-se essencial que se revise, com frequência, tanto seu plano como as leis relacionadas. Isso serve para que não haja inconformidades e consequentemente problemas com a lei. Além disso, o PGRS é parte dos documentos analisados para renovação da licença de operação. É importante que se esteja em dia para que não haja problemas em tal procedimento e sua empresa seja proibida de funcionar até que esteja de acordo.
Ademais, os empreendimentos também precisam ter um monitoramento relatado do seu gerenciamento de resíduos sólidos, com a elaboração frequente de relatórios. Isso porque é importante que seja testada e demonstrada a eficiência do sistema implantado. Já que, caso haja problemas e inconformidades, medidas e soluções precisam ser implantadas. Por fim, é importante se manter informado de possíveis alterações nas leis relacionadas, tanto as nacionais como municipais. Para que, caso haja mudança, seja possível adequar seu plano às novas medidas.
Portanto, o monitoramento e atualização frequente sobre as leis são importantes para a garantia de um processo efetivo e em conformidade legal.
Uma das vantagens do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos é o Marketing Verde que pode ser feito.
Participação de todos os colaboradores para o PGRS ser efetivo
Em toda a gestão ambiental do empreendimento é de grande importância que se tenha clareza de quais são os responsáveis pela verificação e manutenção do cumprimento do que foi planejado. Portanto, para o funcionamento efetivo do PGRS é necessário a definição de quais colaboradores serão delegados à função de geri-lo.
Além disso, as boas práticas no manejo dos resíduos sólidos devem estar claras para todos os demais funcionários da empresa.
Um plano de gerenciamento dos resíduos sólidos efetivo necessita do engajamento de toda equipe, para que cada um cumpra seu papel da maneira conjunta. Isso deve ser feito desde a separação na fonte de geração até a destinação final.
Os três pilares que garantem a participação de todos os colaboradores:
- Treinamento da equipe: a boa instrução é crucial para que todos visualizem os objetivos e metas da organização, ela também esclarece as obrigações de cada um dos envolvidos, podendo ser uma grande aliada na eficácia do PGRS
- Placas e sinalizações: são um grande apoio, de maneira clara e intuitiva, para as boas práticas necessárias;
- Boa administração: é essencial que se administre de acordo com as previsões do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, verificando as conformidades e manutenção, garantindo a correta execução.
Análise das forças e fraquezas do seu plano
Para entender o contexto do seu empreendimento é interessante, por exemplo, a utilização da ferramenta SWOT (ou matriz FOFA em português). A matriz FOFA é divida em 4 quadrantes (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças). Essa ferramenta, relativamente simples, é interessante para começar o planejamento estratégico em sua empresa como um todo, ou, nesse caso, para a gestão dos resíduos sólidos do empreendimento. É importante ter em mente que um melhor planejamento dos resíduos não traz apenas custos para o empreendimento. Isso porque após a análise da situação dos resíduos é possível entender as oportunidades que esses podem oferecer. As oportunidades vão desde vendas de materiais para cooperativas, realizar a logística reversa de algum resíduo específico ou até mesmo realizar um Marketing Verde da empresa.
Como podemos ajudar?
Analisar o sistema como um todo, procurar por falhas e soluções pode ser um processo complexo e que demanda tempo e experiência. Portanto, nós da EESC jr. podemos ajudar a solucionar seus problemas e evitar inconformidades com as leis, acidentes, doenças e todos os problemas relacionados a um mau gerenciamento de resíduos sólidos. Venha fazer um diagnóstico com a gente!
Texto escrito por Julia Maria dos Santos, Natália Carvalhinho e Milena Rosa, Consultoras do Núcleo de Engenharia Ambiental da EESC jr. – Empresa júnior de Engenharia e Arquitetura da USP de São Carlos.
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