Se sua construção apresenta manchas amareladas na parede, barras de aço aparente ou fissuras profundas nos pilares, provavelmente ela corre perigo! A corrosão de armaduras é um problema muito sério. Porém, não se desespere. Você está no lugar certo para saber tudo que é necessário para a recuperar sua obra.
Antes disso, é preciso saber o que são as armaduras. São barras de aço colocadas em meio ao concreto para que possam resistir à força de tração, a qual não é suportada de maneira desejada por ele.
Agora sim, com isso em mente, mostraremos o que é a corrosão das armaduras de aço, como ela acontece e de que forma podemos solucionar esse problema.
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O que é a corrosão?
O processo de corrosão dos metais é um fenômeno que deteriora o material por meio de interações destrutivas dele com o ambiente, ocorrendo reações químicas de oxirredução. Com o aço não é diferente. Porém, como falado anteriormente, a armadura fica dentro do concreto. Então como é possível ocorrer a sua exposição e, consequentemente, a corrosão das armaduras em pilares e vigas?
Como acontece a corrosão de armaduras?
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O concreto é um material alcalino, ou seja, possui um pH alto. Materiais desse tipo impedem a corrosão, além de ser uma barreira física contra agentes agressivos. Porém, há alguns fatores que podem expor o aço, como:
- Porosidade do concreto devido a uma alta relação água/cimento, o que gera bolhas de ar dentro de sua estrutura;
- Trincas e/ou fissuras;
- Cobrimento inadequado do local;
- Uso de material de má qualidade ou inapropriado.
Esses itens fazem com que o aço seja exposto a agentes agressivos, acelerando seu processo de corrosão. Com a entrada do dióxido de carbono (CO2), ocorre um fenômeno chamado carbonatação, no qual o concreto entra em reação com o CO2 e seu pH diminui. Sendo assim, ele perde seu efeito, colaborando para uma corrosão mais efetiva.
Um dos resultados da corrosão das armaduras é o óxido de ferro, uma vez que o aço está sendo consumido. Isso faz com que surjam dois problemas:
- Diminuição da seção da barra da armadura;
- Formação de fissuras no concreto, já que o óxido possui um volume superior ao do material original, fazendo com que o concreto tenha que se expandir.
Ambos os casos podem comprometer a estrutura do local, já que a corrosão das armaduras em pilares, por exemplo, diminui sua capacidade de resistir aos esforços solicitantes. Além disso, com as aberturas criadas, as ações de agentes nocivos aumentam, o que gera um prejuízo cada vez maior.
Você já percebeu como é mais comum vermos corrosão de metais em locais perto do mar? Pois é, há um agente corrosivo muito agressivo na água do mar, o cloreto. No entanto, nesses lugares, ocorrem de forma muito mais contínua e forte do que em outros, sendo necessário uma proteção maior para evitar essas falhas.
Como visto, são diversas as formas de ocorrer tais problemas. E a coisa é séria quando falamos disso, já que envolve a segurança da obra e, portanto, das pessoas que vivem e passam por ela.
Como evitar a corrosão de armaduras?
Antes de vermos como podemos solucionar esse problema, nada melhor do que saber como evitar que isso ocorra para que, futuramente, não apareça esse inconveniente para você e seu bolso. A seguir, você poderá conferir os principais cuidados na hora da construção da obra:
- Utilizar um concreto adequado para a classe de agressividade que o local exige;
- Sempre respeitar a relação água/cimento para o concreto. Nada de querer adicionar água para aumentar o rendimento. Além disso, fazer a cura adequada do mesmo, evitando fissuras no futuro;
- Atender a cobertura mínima adequada, recobrindo a armadura de aço do melhor jeito;
- Usar sílica ativa para impedir ou retardar a ação de agentes agressivos que causam a corrosão, já que ela diminui a porosidade e a permeabilidade da massa cimentícia;
- Fazer a pintura adequada e mantê-la sempre em ótimo estado. Além da função estética, ela gera uma camada de proteção adicional.
Como solucionar?
Mas e se o problema ocorrer algum tempo depois da obra ser finalizada? Como proceder nesse caso? Primeiro é necessário entender que quando o aço é afetado pela corrosão, ele perde suas propriedades metálicas, sendo elas a ductilidade, elasticidade e a resistência mecânica.
Sendo assim, inicialmente, todo o concreto e a corrosão na superfície das barras da armadura devem ser retirados para que os reparos sejam feitos. O uso de jatos de areia e lixas ajudam no processo. Porém, é de extrema importância saber que se deve considerar diversos fatores, como o nível de comprometimento das peças, profundidade das fissuras e vida útil que a construção deveria ter.
Lembre-se: cada caso é um caso. Aqui vão alguns exemplos de situações que podem ocorrer e como solucioná-las:
Existem alguns metais que são chamados de “metais de sacrifício”. Como o nome diz, eles irão ser sacrificados em lugar de outro, ou seja, irão oxidar no lugar do aço. Um bom exemplo disso é o magnésio que, quando ligado eletricamente com o aço, impede sua oxidação. Isso ocorre pois o magnésio irá atuar como um ânodo nesse caso, sendo um “doador” de elétrons , pois possui um potencial de oxidação maior do que o do aço, que por sua vez, irá atuar como um cátodo, recebendo elétrons. Essa solução é mais utilizada em locais perto do mar, como falamos anteriormente, ou em casos onde o reparo é inviável, pois são de difícil acesso.
Em outros casos, é possível o uso de grautes industriais, reparando o local exposto que, em seguida, é recoberto por uma camada de tinta (geralmente rica em zinco).
Mas não se esqueça: é fundamental contratar um especialista no assunto, como um engenheiro ou uma empresa dessa área. A corrosão das armaduras em pilares e vigas é um caso sério. Como o que está em jogo é a estrutura da construção, nada deve ser feito por conta própria. Também nada de querer maquiar a obra, pois a parte interna dela ainda estará danificada.
Como podemos ajuda na corrosão de armaduras?
A EESCJr. conta com profissionais capacitados para atuar na recuperação estrutural de sua edificação e assim garantir a segurança das pessoas presentes. Conte-nos mais sobre o seu problema!! Agente um diagnóstico gratuito.
Texto escrito por Felipe Pinhatt dos Santos, Consultor do Núcleo de Engenharia Civil e Arquitetura da EESC jr. – Empresa júnior de Engenharia e Arquitetura da USP de São Carlos.
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