O que é design de interface?
O design de interface é um método de gerir a interação humana com um dispositivo, software ou aplicativo. Por exemplo, uma interface é usada em uma lava-louças, para permitir que você lave sua louça com o apertar de poucos botões. Esses métodos variam bastante e atende uma grande gama de produtos, desde brinquedos e aparelhos eletrodomésticos, até aplicativos para smartphone ou páginas na web, mas visam sempre a boa experiência.
Assim esse design busca planejar a usabilidade, navegação e transição entre telas, tendo o objetivo de melhorar as interações visuais dos usuários. Além disso, de criar artifícios visuais, a User Interface engloba o planejamento de como exatamente será aquelas interações e por qual meio serão feitas. Tal como a decisão de escolha do uso de botões, links, menus entre outros elementos interativos em uma aplicação.
Além da do design de interface devemos dar o devido cuidado à experiência do usuário. Quer saber mais sobre a UX e a UI, leia nosso artigo!!
Para que serve o design de interface?
Sua função é prover soluções soluções amigáveis e intuitivas aos usuários. Tudo dentro da interface deve ser pensando na aprovação humana.
Uma interface bem planejada é um importante fator na manutenção e fidelização de um usuário de seus serviços. Quando bem pensada e feita, essa interface é capaz fazer parte do dia-dia das pessoas, como uma ferramenta poderosa, assim como o Google é um dos mais importantes serviços de mecanismos de busca, para grande parte do mundo.
De forma simples, o que importante é que o sistema seja intuitivo e que cumpra bem a tarefa para a qual foi criado. A título de exemplo, aplicativos bancários fazem as principais operações bancárias. Logo, seus usuários não precisam a agência enfrentar filas, bastando apenas acessar o sistema pelo app do celular ou computador.
A título de outro exemplo, em um e-commerce, antes de comprarem, os usuários cogitam se irão adquirir os produtos. Essa intensão, geralmente, se inicia com pesquisas na internet, assim, nessa primeira oportunidade, o negócio deve se vender para o futuro comprador. Ela faz isso por meio de uma boa interface de navegação que dispensa a necessidade de entrar e contanto com um vendedor.
Uma interface bem planeja auxilia na busca de informações e de produtos no catálogo do site e, uma hora ou outra será o responsável pelo usuário realiza uma compra. Dessa forma uma exibição atraente causa uma impressão positiva, que corrobora para uma boa imagem da loja virtual.
Caso houvesse dificuldade na navegação certamente o usuário abandonaria a intenção de compra com uma impressão negativa da empresa. Assim, ao sair da página, por conta de uma experiência ruim, o usuário procura acessar sites de empresas concorrentes.
Por fim, o design de interface possui o papel de ajudar a criação de interações atraentes, úteis e eficazes na aplicação de um serviço, visando auxiliar as pessoas de forma amigável.
Principais estilos de design de interface.
Storytelling
Mais conhecida com a arte de contar histórias, é uma tendência que vem de uma crescente de 2016, onde já se verificava um grande movimento na direção da elaboração de narrativas elaboradas, que proporcionam experiências marcantes para os usuários. Um exemplo de empresa que agarrou a interface foi a Peugeot em seu site Tecnologia Hybrid4, ela apostou nas ideias de storytelling e gamificação para conduzir o cliente de forma mais natural e orgânica, buscando despertar o interesse e direcionar a atenção por meio das estruturas narrativas, presentes em filmes, jogos e quadrinhos.
Flat Design
É uma interface minimalista que usa de formas e cores chapadas, com poucos efeitos de volume, texturas ou sombras. Ela parte do princípio que, hoje em dia não é mais preciso simular as sombras, texturas e o volume em objetos para mostrar para usuário que “aquilo é um botão”. Assim, um retângulo simples monocromático auxiliado por um texto já são mais que suficiente para o usuário compreender que há um botão ali. Além do que, o Flat Design por ser mais simples tende a ser mais leve, melhorando assim também a performance da interface, o que é ideal para o Design App.
Semi-Flat
A partir de 2017, esse design começou a substituir gradualmente o Flat Design. Apesar de ele ser simples, com estruturas minimalistas que propõem facilidade de acesso, em muitas circunstâncias é difícil conjecturar e diferenciá-lo dos seus concorrentes. O design semi-flat desfruta das mesmas ideias do seu antecessor, porém como certa melhorias, que incluem o emprego de pequenos gradientes e sombras, a fim de criar a impressão de profundidade.
METRO UI
O Metro UI ou Modern UI continua a linha de design visual do flat design, contudo com algumas inovações. Esse design foi pensado pela Microsoft e o conceito inicial era fazer, aprimorar e adaptar o flat design. Para isso, ela priorizou as interfaces touch (tablets e celulares). Posteriormente, ela também pensou em criar um estilo de design para interfaces com interação touch, então no Windows 8 e 10 ela priorizou os tópicos de informações, deixando as tipografias maiores e trazendo o conceito de live (que são módulos configuráveis com fotos ou informações que se atualizam), para assim dar a impressão viva à interface.
Material Design
Pensada pela gigante das buscas, o Google, cuja ideia era mostrar aos usuários o comportamento do mundo real no mundo virtual. Ela propôs a ideia de objetos com comportamentos reais, como uma folha de papel que, se erguida para cima e para baixo, e colocada tanto de pé, quanto de lado, apresenta movimento, sombras e espessura. Foi exatamente isso que a Google fez: idealizou todas essas propriedades, estudou-as e criou o material design.
9 passos de como fazer um bom design de interface
1) Entenda a aplicação e organize o projeto da interface:
Um bom designe de interface vai além de apenas criar interações gráficas, buscando entender o problema do usuário, suas necessidades e como ele fazer uma navegação fluida e lógica pelas funcionalidades. Assim o planejamento deve passar por uma etapa anterior a criação da interface que contemple a concepção e entendimento das necessidades do usuário. O designer de interface precisa se questionar constantemente se o que está fazendo de fato irá ajudar ou atrapalhar a vida do usuário. Assim seu papel também se estende a avaliar se a usabilidade da aplicação, se é satisfatória e se é condizente com seu público.
2) Mantenha a consistência:
Utilize ícones, cores, hierarquias, menus, call-to-actions e fluxos de uso parecidos entre sim é essencial para prover uma boa experiência para o usuário. Quanto mais forma diferentes de se interagir, maior a dificuldade que ele terá em utilizar a sua interface por isso manter a consistência é tão importante. Uma interface consistente permite assimilar uma funcionalidade específica que o usuário está executando a outras funcionalidade previamente experienciadas. Portanto, a decisão de qual ação tomar, quando se quer interagir na interface é bem mais intuitiva fácil, uma vez que o usuário não precisa ficar aprendendo constantemente como executar uma tarefa.
3) Permita que o usuário utilize atalhos:
Na medida que o usuário vai aprendendo as funcionalidades da sua interface, ele precisa de formas mais rápidas de executar aquelas funcionalidades. Um exemplo disso são os Ctrl+C e Crtl+V, esses atalhos permitem que usuários experientes façam uma tarefa, que antes exigiria alguns minutos, em poucos segundos.
4) Gere resposta as interações:
Criar uma interface é desenvolver um meio pelo qual irá ocorrer um diálogo entre um usuário e outro usuário ou uma máquina. Com isso podemos gerar um feedback das ações e esse passo é essencial para que o usuário saiba o que está acontecendo e como continuar essa comunicação. O usuário necessita saber em que tela está, o que está acontecendo e para que tela ele será direcionado. Isso tudo exige um feedback visual que seja compreensível. Um exemplo simples para isso é a indicação de qual página ele está dentro de um questionário que possui dez páginas.
5) Crie feedbacks de fim de ação:
Exibir ao usuário que ele terminou um ciclo é básico. Aceitar que o fluxo simplesmente termine sem indicar ao usuário gera a indecisão se a tarefa feita por ele, ou se a tarefa está certa. Nunca aceite que seus usuários pressuponham algo, mostre com clareza que a ação gerou algum resultado, seja positivo ou negativo. Como exemplo, imagine um fluxo de compra de um e-commerce, quando a compra é concluída é importante avisar ao usuário que o produto o qual ele quer adquirir teve sua compra aceita e finalizada.
6) Dê a poção de concertar os erros:
Os usuários não gostam de informações que mostrem que eles estão errados. Qualquer interface sua deve possuir mecanismos para evitar que as pessoas cometam erros inevitáveis (foolproof), porém quando um erro inevitavelmente deve-se dar a opção ao usuário, por meio de uma solução simples, como um passo-a-passo de como resolver o erro, o mais rápido possível. Por exemplo, os avisos exibidos em questionários que nos indicam se precisamos modificar alguma lacuna e como deve ser feita.
7) Permita aos usuários desfazerem e refazerem ações (permita o uso de Ctrl+Z e Ctrl+Y):
Dentre as principais funcionalidades de que qualquer interface é dar a possibilidade de o usuário desfazer e refazer uma ação ou até mesmo um conjunto delas, enquanto interagem com a interface. A função Ctrl+Z permite ao usuário não se preocupar com erros durante a interação, porque ele sabe que futuramente será possível revertê-los. Isso vale para o Ctrl+Y, permitindo que o usuário não tenha medo de corrigir e recorrigir, uma vez que poder retorna para um estado anteriormente alterado.
8) Crie ao usuário a sensação de estar no controle:
Gere essa sensação para que o usuário sinta confiança entre ele e a interface. E isso ocorre à medida que as transformações do ambiente ocorrem do jeito que a pessoas espera que aconteça.
9) Reduza as cargas na memória de curta de curto prazo de seu usuário:
O ser humano tem uma “memória RAM” bem curta, o que quero dizer que somos capazes de guardar mais ou menos cinco informações diferentes de uma vez em um curto período. Logo qualquer interface deve conter algumas hierarquias bem determinadas de modo que se dê a possibilidade ao usuário de achar as informações que deseja de forma rápida sem precisar ficar anotando dados de uma certa página para comparar com outros dados de outra página perdidas na aplicação.
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Texto escrito por Fernando Calaza, Consultor do Núcleo de Tecnologia da EESC jr. – Empresa júnior de Engenharia e Arquitetura da USP de São Carlos.
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