Segundo um levantamento realizado pela Azulis em 2020, para 66% dos brasileiros, a palavra “empreendedorismo” está ligada à realização de um sonho. No entanto, algumas ferramentas são essenciais para abrir um negócio e, ainda, garantir seu sucesso a longo prazo. Pensando nisso, listamos algumas das ferramentas que podem te ajudar a realizar seu sonho e a iniciar a sua empresa de forma competitiva.
- Funil de Ideias
O Funil de Ideias tem como principal objetivo a geração de novas ideias para quem quer iniciar um negócio, mas ainda não sabe por onde começar. A ferramenta possui duas abordagens centrais: as experiências pessoais e as oportunidades e tendências do mercado.
Para elaborar o funil segundo suas vivências, é necessário pensar sobre as seguintes questões:
- Quem você é: nesse momento, você irá traçar qual é seu perfil de negócio. Para isso, liste suas principais experiências, sua formação, seus interesses pessoais e suas referências de negócio;
- O que você faz bem: é importante definir suas ideias sabendo quais são suas habilidades que podem te auxiliar a ter sucesso no ramo escolhido;
- Qual a sua rede de contatos: pense nas pessoas que você conhece que podem ter influência para montar sua primeira empresa. Elas podem ser os early adopters do seu negócio, ou seja, usuários abertos a experimentar novas ideias, os quais possuem potencial para serem os primeiros clientes.
Agora, levando em conta o mercado, é fundamental considerar os pontos elencados a seguir:
- Como está o mercado: identifique quais são as tendências e oportunidades que o mercado oferece, ou seja, busque nichos que ainda não são atendidos ou pense em adaptar ideias já existentes para o seu contexto. Você também pode procurar algum produto ou serviço que não satisfaça os usuários e melhorá-lo ou explorar áreas que possuem previsão de crescimento no curto ou médio prazo;
- O que te motiva: selecione e classifique as ideias listadas no item acima de acordo com o seu interesse nelas. Aqui, avalie segundo seu perfil, que foi construído anteriormente a partir das suas vivências pessoais;
- Existe mercado para a sua ideia: tente pensar em potenciais clientes para a sua ideia. É interessante fazer uma pesquisa de mercado, a fim de destrinchar sua proposta e entendê-la mais a fundo.
- Golden Circle
O Golden Circle, também conhecido como Círculo Dourado, é uma ferramenta, idealizada por Simon Sinek, cujo principal objetivo é criar e desenvolver o valor de um novo negócio. Por mais que seja simples, a ferramenta é bastante impactante, por trabalhar com as motivações pessoais para a ideia, engajando os colaboradores. O Golden Circle é formado por três esferas e diferencia-se dos demais métodos por ser pensado de dentro para fora, fazendo com que o foco maior seja no propósito.
- Por quê: o primeiro passo para montar seu Golden Circle é pensar no propósito do seu negócio, ou seja, o porquê dele existir. Isso é essencial para indicar ao empreendedor qual caminho ele deve seguir, a fim de atingir esse propósito muito bem definido;
- Como: a partir da definição do propósito, é possível definir de que forma a empresa irá atingir seus objetivos, isto é, pensar em estratégias e no plano de ação. Aqui, encontram-se as crenças e valores que farão com que seu negócio tenha destaque no mercado, de modo inspirador;
- O quê: por último, define-se qual será o serviço ou produto que você irá vender, listando todas suas características.
- Mapa de Empatia
O Mapa de Empatia, ferramenta colaborativa do Design Thinking, visa entender, de fato, o cliente. A partir dele, é possível detalhar, de maneira empática, o perfil do usuário da solução que você irá oferecer, indo além do que as ferramentas tradicionais oferecem, por descrever com precisão o público. Compreender as necessidades do cliente é essencial para que o seu negócio atinja o sucesso. Para isso, é necessário trabalhar em equipe a fim de construir o mapa, levando em conta os seguintes pontos:
- Com quem estamos sendo empáticos: nesse momento, traçaremos qual é a persona do mapa. Então, deve-se observar qual o gênero, a idade, a classe social, a formação e os interesses do público alvo do produto ou serviço;
- O que ele precisa fazer: agora, é preciso pensar em quais são os objetivos e responsabilidades da persona. Tente responder a essas perguntas, que irão direcioná-lo: O que ele precisa fazer de diferente?, Quais tarefas ele precisa que sejam feitas? e Quais decisões ele precisa tomar?. Com isso, será possível entender quais os desafios enfrentados pelos usuários;
- O que ele vê: nessa etapa, levaremos em conta as visões de mundo do potencial cliente, o que exige criatividade, então analise o ambiente em que vive sua persona. Algumas perguntas que você pode tentar responder são: O que ele vê no mercado?, Como são as pessoas em sua volta?, O que ele assiste?, O que ele lê?, Quais redes sociais ele utiliza? e O que o influencia?;
- O que ele fala e faz: pense nas atitudes em público que a persona costuma tomar, além de como ela se comporta com os outros. As redes sociais podem ser aliadas importantes nessa fase, uma vez que você pode explorar exatamente o que a sua persona costuma falar. Liste, também, todas as atividades diárias que são comumente realizadas pelo usuário.
- O que ele escuta: traçar o que a sua persona escuta é fundamental para entender sua preferências e suas percepções. Algumas perguntas direcionadoras, nesse sentido, são: O que seus amigos e familiares falam?; O que seu chefe e colegas de trabalham falam?; Quais as mídias audiovisuais que ele consome?;
- O que ele pensa e sente: leve em consideração quais são as principais aspirações da sua persona, além do que mais a aflige. Pense em quais são seus sonhos, quais são suas metas e quais são seus valores pessoais;
- Quais são suas dores e necessidades: por último, é de extrema importância pensar nas dores e nas necessidades do cliente, uma vez que essas questões nortearão toda a estratégia do negócio. Conhecendo bem a persona, é possível elencar todas as dores que dificultam as atividades que realizam no dia a dia, além de quais são as necessidades que esses clientes possuem e que ainda não são supridas. Isso fará você se destacar no mercado, já que sua solução irá atuar exatamente nas dores encontradas, atendendo às necessidades do usuário.
- Matriz SWOT
A Matriz SWOT é uma ferramenta muito simples e intuitiva, a qual auxilia o empreendedor a traçar as estratégias para abrir o negócio. Isso porque ela contempla tanto o ambiente interno, quanto o externo, além de fatores positivos e negativos. Sendo assim, é uma ferramenta importante para entender não só o próprio empreendimento, como também os concorrentes. Para isso, a matriz é dividida em forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.
- Forças: são os elementos internos da sua organização que fazem com que ela seja superior aos concorrentes, ou seja, as vantagens competitivas da empresa. São exemplos de forças uma boa infraestrutura e localização, além de pessoal bem qualificado;
- Fraquezas: de maneira análoga, as fraquezas são também elementos internos, mas que representam uma desvantagem competitiva em relação aos concorrentes do setor. Então, se a infraestrutura e a localização dos seus concorrentes são superiores às suas, elas tornam-se fraquezas para o seu negócio;
- Oportunidades: quando o ambiente externo, ou seja, aquilo que não está sob controle da empresa, a favorece, têm-se as oportunidades do negócio. Por exemplo, a alta do dólar pode ser interessante para empresas de determinados segmentos, o que faz com que ela seja uma oportunidade para elas;
- Ameaças: de modo similar, as ameaças acontecem quando elementos externos desfavorecem o crescimento do negócio. No caso da alta do dólar favorecer a empresa, quando ele está em momento de baixa, tem-se uma ameaça.
- Business Model Canvas
Desenvolvido por Alexander Osterwalder e utilizando conceitos do Design Thinking, o Business Model Canvas tem como objetivo permitir que todo o negócio seja visualizado em apenas uma página, conectando, de forma estratégica, áreas distintas da empresa. A ferramenta é dividida em nove blocos, que devem ser preenchidos de acordo com a seguinte ordem:
- Segmento de clientes: consiste no nicho de mercado que será atingido pelo negócio;
- Proposta de valor: define quais são os valores, ou seja, os benefícios que a sua solução entrega ao seu segmento de clientes;
- Canais: descreve como a empresa comunica e entrega valor para os clientes. Eles podem ser de vendas, de comunicação ou de distribuição;
- Relacionamento: consiste na forma com que o negócio se relaciona com os clientes e é fundamental para que os concorrentes não conquistem seus usuários com preços inferiores;
- Fluxo de receitas: determina de que forma o cliente irá pagar pelos benefícios que recebe, ou seja, como fornecerá receita para o negócio;
- Recursos-chave: ligado à parte operacional do empreendimento, os recurso-chave definem quais são os ativos fundamentais para que o negócio funcione, eles podem ser tanto físicos, quanto intelectuais;
- Atividades-chave: descreve quais são as atividades fundamentais para que a empresa mantenha seu funcionamento;
- Parcerias-chave: refere-se, principalmente, aos serviços terceirizados, como os fornecedores da empresa, mas também pode englobar outras parcerias essenciais para o cumprimento da proposta de valor da empresa;
- Estrutura de custos: consiste nos principais custos que o negócio possui para que os blocos anteriores operem, ou seja, podem ser custos com parcerias, atividades, recursos ou canais.
Por fim, vimos que essas ferramentas podem te auxiliar tanto a idealizar um novo negócio, quanto a colocá-lo em prática. Ficou com dúvida para começar seu negócio e entender seu mercado? Agende um diagnóstico gratuito com a EESC jr. A EESC jr. conta com pessoas com alto conhecimento técnico e com qualificação USP, para ajudar você a empreender.
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